Cão Guia


Eles também podem ser a luz dos nossos olhos. Esses peludos especiais são os famosos cães-guia para cegos.
Os cães-guia desenvolvem um trabalho excepcional junto aos portadores de deficiência visual, eles proporcionam aos seus donos uma vida independente, sem maiores restrições.
Os primeiros registros de cães-guia se encontram pintados em um mural nas ruínas de Roman Herculaneum, atualmente cidade de Ercolano na província de Napoli na Itália. Existem também registros da Idade Média, entretanto a primeira tentativa de treinamento sistematizado de cães-guia aconteceu em 1780, no Hospital para cegos “Les Quinze-Vingts” em Paris.
Alguns anos depois em 1788, Josef Riesinger que morava em Viena treinou um Spitz para lhe acompanhar e, frequentemente, as pessoas acreditavam que ele não era cego.
Existem outros registros da idéia do cão-guia no ano de 1819 também em Viena; e  na Suíça em 1918. Entretanto foi durante a Primeira Guerra Mundial que o médico alemão Gerhard Stallin teve a idéia de sistematizar o treinamento de cães-guia para acompanhar os soldados que haviam perdido a visão.
Atualmente, antes do treinamento específico para cão-guia, o peludo, que geralmente é um Golden Retriever ou um Labrador, passa o primeiro ano de sua vida em uma família voluntária (criadores de filhotes) que tem como responsabilidade socializá-lo e expô-lo a diversos tipos de estímulos de maneira que ele possa vivenciá-los de forma tranquila. Além disso, eles tem o compromisso de ensiná-lo os comandos básicos.
Depois de mais ou menos um ano, o cachorro volta à escola de cães-guia que fará uma avaliação das suas aptidões, como boa memória, capacidade de concentração por um longo período de tempo, inteligência e etc. Quando o peludo atende os requisitos, ele é encaminhado para o treinamento.
Se o cão não tiver as habilidades necessárias para este trabalho, ele é encaminhado para realizar outros tipos de tarefas como o rastreamento, ou é adotado por uma família (a preferência é pela familia que o criou).
Após o treinamento ele começa a trabalhar com o novo dono, que também deve ser treinado para compreender os movimentos e sinais que o cão lhe dá. Da mesma maneira, ele deve começar a reconhecer o seu dono como líder, e  então obedecer os comandos dados por ele.

Quando eles se graduam na escola de cães-guia eles são capazes de trabalhar como uma equipe totamente sintonizada, compreendendo cada movimento de seu parceiro.
Depois de mais ou menos 9 anos de trabalho o cão se aposenta. Apesar de continuar muito esperto e inteligente, as limitações físicas da idade começam a aparecer, e então chega o momento do justo descanso.
Geralmente, quando ele se aposenta, passa a ocupar o lugar de animal de estimação, e  seu dono recebe um novo cão-guia. Caso seu dono não possa permanecer com ele, a escola de cães-guia procura um novo lar para ele, já que existem vários candidatos na fila de espera para adoção desses cães especiais.
Com certeza eles são um ótima companhia para qualquer pessoa, e devem ser muito bem  recompensados pelos anos de trabalho e absoluta dedicação.
No Brasil existem projetos de cães-guia sendo desenvolvidos em São Paulo pelo IRIS, em Santa Catarina pela Escola de Cães Guia Helen Keller , e em Brasília pela ONG Integra.





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